O que mais me deixa triste quando ouço uma história como a de T.C. não é saber que ela vive há 6 meses à sombra de um homem que não a assume como companheira, mas ler esse tipo de frase: “Pq eu já pensei 500x em ter a tal conversa com ele, mas aí penso que se ele não assumir eu vou perder as coisas gostosas que tenho mesmo ele sendo meia boca…”.
Nossa, isso me lembra imediatamente carro alugado. Meu ex marido era um cara mega metódico com carros, adorava o dele, cuidava mesmo, de verdade. Mas uma vez nós alugamos um Gol para ir à Bahia e, G-sus, como ele tratou mal esse coitado desse veículo, nas coxas e sem nenhum cuidado nem responsabilidade. Fiquei até com pena do carro.
Não tem nada mais sexy do que um homem que nos assume, que é fã de comprometimento. Que só tem olhos pra gente, ri das nossas atrapalhadas e atos falhos, nos dá colo quando choramos, acha lindo coisas no corpo da gente que a gente esconde, printa nossa foto junto com ele e traz de presente num embrulho cor de vinho, que é gentil, que fica ao nosso lado na festa – mesmo quando mulheres mais bonitas passam ao seu redor, acorda de manhã com um sorriso no rosto e nos abraça pra valer como se tivesse sentido a nossa falta durante o sono. Não tem nada mais sexy do que um homem que, após o ápice sexual, continua fisicamente conectado a nós, e que faz questão que a gente sinta prazer. Não tem nada mais sexy do que um homem que assume que gosta da gente e demonstra isso de todos os jeitos.
Já falei aqui de migalha afetiva, de mendigos do amor, agora falo disso – de “Síndrome de carro alugado”, quando o cara (ou a cara) te “usa” e te deixa encostada(o) em qualquer lugar.
Não, não precisamos disso…
Para o alto e avante!