Frases como “hoje não estou com vontade, “vamos deixar para outro dia” ou a clássica “estou com dor de cabeça”, pensa em uma resposta tipicamente feminina.
Contudo, em um mundo no qual os papéis sexuais já não são tão rígidos, estas expressões são cada vez mais associadas ao gênero masculino.
São várias as causas que provocam a perda do desejo masculino.
Às vezes, trata-se de um baixo “termostato sexual”, ou seja, um nível de motivação sexual que, em termos biológicos, é inferior à média e se apresenta de forma mais ou menos estável durante toda a vida.
Às vezes, a ausência crônica de desejo sexual está ligada a uma educação sexual repressiva ou a situações traumáticas não processadas.
Outros fatores incluem enfermidades, medicamentos, distúrbios psiquiátricos, problemas de relacionamento, sentimento “fraternal” em relação à parceira, auto-exigência sexual, entre outros.
Diante desta situação, o papel da mulher é complexo.
Há um certo desconcerto devido à crença tão difundida – e nem sempre verdadeira- de que os homens só pensam em sexo e sentem desejo o tempo todo. A partir daí, surge uma série de dúvidas e suposições, tais como: “será que não sou atraente?”, “o amor acabou?”, “ele tem uma amante”, e até dúvidas sobre sua orientação sexual. Na maior parte das vezes, são apenas preconceitos, sem ligação com a realidade.
Se você estiver passando por situações parecidas com as que acabo de descrever, é importante levar em conta alguns aspectos. Em primeiro lugar, o desejo sexual nem sempre está em alta e sofre alterações, mesmo entre os homens mais motivados. Se seu parceiro está passando por um período de desmotivação sexual, talvez seja algo transitório que irá se reverter espontaneamente. Se a situação já existe há vários meses ou até mais, não forme ideias falsas e converse com seu parceiro. Às vezes, os homens ficam tão confusos como as mulheres, e podem precisar da orientação de especialistas em sexologia para entender o que ocorre para resolver o problema a dois. Na maioria das vezes, há uma solução que envolve o tratamento de um distúrbio -médico ou psicológico -, mudança de medicação e até indicações mais específicas, como dedicar mais tempo à vida íntima do casal, mudar o roteiro do ato sexual e reinventar jogos eróticos que se tornaram empobrecidos