Já ouviu falar da dieta cetogênica?
O polêmico regime alimentar é conhecido pela exclusão dos carboidratos na refeição, promovendo a rápida perda de peso, além de ser indicado para pessoas que sofrem de epilepsia.
Uma vez que a dieta cetogênica consiste na retirada de carboidratos da alimentação, aumenta-se a oferta de proteínas e lipídios, criando uma condição metabólica conhecida como cetose, em que o organismo utiliza gordura como fonte energética e desse processo elimina os corpos cetônicos que, quando encontram-se em quantidades elevadas no sangue, podem causar redução de apetite e náuseas. “Primeiramente, a dieta cetogênica surgiu na década de 20 sendo indicada para determinados casos de epilepsia, mas com o advento de novos medicamentos anticonvulsivantes a partir dos anos 30, ela foi pouco a pouco sendo suprimida. Com o lançamento do famoso livro que trata quanto á esse regime , o mesmo voltou à tona e se tornou uma febre mundial.
Esta é conhecida como dieta da proteína e até hoje causa polêmica e gera controvérsias.
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Quanto à restrição de carboidratos, esta geralmente é parcial, com liberação somente de algumas verduras e legumes desde o início e algumas frutas (com baixo teor de carboidratos) após 15 dias.
Alimentos como pães, massas, batata, mandioca e bolachas são proibidos na dieta cetogênica. Há liberação no consumo de alimentos ricos em proteínas e gorduras, como carnes, ovos, queijos, bacon, lingüiça e salame, sem restrições.
Existem diferentes opiniões quando as vantagens e desvantagens da dieta cetogênica são colocadas na mesa:
Quando bem indicada e bem prescrita, o regime pode ser benéfico para as pessoas que desejam perder peso, já que está relacionada à maior mobilização da gordura corpórea; mas ao mesmo tempo não pode ser usada por tempo muito prolongado, principalmente se a restrição de carboidratos for severa, pois essa situação de cetose pode levar a náuseas, desidratação, torpor, distúrbios hidroeletrolíticos, confusão mental e dislipidemias, como o aumento do colesterol ruim e queda do colesterol bom.
Tudo isso porque nosso cérebro precisa de glicose para bom funcionamento.
Na falta de carboidratos que iriam gerar glicose como combustível, o cérebro passa a utilizar outras fontes menos eficazes, podendo causar todos os sintomas já citados.
Não recomenda a dieta cetogênica aos seus pacientes:
A falta de vitaminas, minerais, fibras e carboidratos em nosso corpo leva a dores de cabeça, constipação, insônia, irritabilidade, mau humor e facilidade em abandono da dieta.
Além disso, a falta de energia dos carboidratos faz com que a pessoa não tenha disposição para se exercitar, podendo apresentar sintomas de câimbras e fadiga muscular”, relata.
A dieta cetogênica deve ser feita com um período de tempo pré-determinado e curto entre 3 a 5 dias e evoluir gradativamente.
É importante ressaltar que este regime precisa ser recomendado e acompanhado por um nutricionista ou médico especializado até retornar ao esquema alimentar habitual.
As pessoas acima dos 65 anos, portadores de insuficiência hepática ou renal, doenças cardiovasculares ou cerebrovasculares e usuários de cortisona devem passar longe dos hábitos alimentares da dieta cetogênica.