De acordo com o Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (Sinasc) do Ministério da Saúde, em 2010 as cesarianas representava 52% dos realizados nas maternidades públicas e privadas de todo o País. No total, foram cerca de 1,5 milhão de bebês nascidos por meio da cirurgia. “Ao contrário do que algumas gestantes podem pensar, o parto normal bem feito é tão seguro quanto uma cesariana e tem muitas vantagens, tanto para a mãe, quanto para o bebê. Sem contar que a recuperação da mulher é muito mais simples e ela não precisa passar pela cirurgia, que é considerada de médio porte.
O defensor do parto humanizado relata que, a ocitocina – o hormônio que estimula as contrações do útero durante o parto e a expulsão – está presente na lactação, tem participação importante no ato sexual e é um dos grandes responsáveis pela sensação de emoção que a mamãe sente ao pensar no seu bebê. Ela também auxilia na maturação pulmonar, grande conjunto químico de hormônios que produzem o leite. “Para se ter este processo é necessário vivenciar o parto normal”, enfatiza.
A aceitação do parto natural, no entanto, tem aumentado, segundo o médico.
Cada vez mais as pacientes vêm buscando o parto normal", .
Hoje, uma mulher bem orientada prefere o parto normal humanizado, inclusive. Um nascimento com a menor necessidade possível de intervenções médicas ou farmacológicas, dando ao recém nascido uma experiência acolhedora neste período de transição. O corpo da mulher está preparado para isso, como o próprio nome diz, é o 'natural.
Indicações médicas para cesariana:
O corpo da mulher foi feito para dar à luz naturalmente. No entanto podem existir situações que realmente impeça a evolução para o parto normal, nestes casos uma cesariana esta bem indicada e pode fazer toda a diferença no desfecho do trabalho de parto. Daí a importância de se fazer um pré-natal, onde alguns destes fatores pode vir à tona, por exemplo: mulheres que passaram por cirurgia de mioma intramural (mioma localizado no músculo do útero); quando é o primeiro parto da paciente e a criança está sentada; casos de gravidez gemelar em que primeiro bebê está sentado e o segundo de cabeça para baixo; gravidez múltipla com mais de dois gêmeos; quando a criança é muito grande; e quando a mãe possui algum problema ósseo que influencia as vias do parto, são algumas das situações que é plausível a indicação de uma cesárea.
Não é uma indicação absoluta de cesariana, mas em algumas situações a paciente precisa ser submetida à cirurgia. "Se a paciente está com pressão alta e o colo do útero ainda está muito fechado, fora das condições necessárias para indução do trabalho de parto, é melhor optar pela cesariana.
Até fazer com que ela esteja pronta para o parto normal é perder muito tempo e colocar a vida do bebê e da mãe em risco", defender parto normal, sim, porém priorizando sempre a segurança do binômio mãe-bebe.
Para ideias inovadoras, sobre um novo modelo de assistência a parturiente, enfatizando o parto como um evento de máxima feminilidade, quando a mulher e bebê são os protagonistas. Um conceito de ambiente calmo e tranquilo, que com o amparo do pai, mãe e bebê vivenciam este momento de forma livre, espontânea e ativa.