Alessandra : Leite : Mitos & Verdades :
1-O Leite : Mitos & Verdades :
Com mais de 30 milhões de litros de leite gerados por ano, o Brasil ocupa a quinta posição no ranking dos maiores produtores do mundo deste alimento, considerado um dos mais completos e fundamentais para o crescimento e desenvolvimento do corpo humano.
Tanto o leite, como seus derivados, são fontes de proteínas, vitaminas e minerais, entre eles, o cálcio. “Também são relevantes as quantidades de vitaminas do complexo B, vitaminas A e D, zinco, fósforo e magnésio, entre outros componentes”,
Conheça alguns mitos e verdades sobre o leite :
A ingestão de leite não combate a anemia, pois a principal causa dessa doença é a deficiência de ferro e o leite não é um alimento fonte deste mineral.
Apesar disso, há no mercado leites enriquecidos com ferro que, nesses casos, podem auxiliar na reposição do nutriente AFP/ Geoff CaddickNão por acaso, praticamente todos os programas governamentais de nutrição e saúde pública enfatizam sua importância na dieta de adultos, crianças e idosos.
O Ministério da Saúde recomenda três porções diárias do grupo alimentar, sendo que uma porção equivale a um copo de 200 ml ou duas fatias finas de queijo ou ainda a um copo de iogurte de 160 ml.
No caso das crianças, a recomendação é ainda maior, como enfatiza Ana Potenza, mestre em Ciências Aplicadas à Pediatria e nutricionista da UTI Neo Natal do Hospital Israelita Albert Einstein.
O período entre a gestação e o quinto ano de vida é nutricionalmente o mais vulnerável do ciclo de vida do homem.
Por esse motivo, o leite, que possui aminoácidos essenciais para o crescimento e desenvolvimento, deve ser consumido na infância para evitar problemas déficit nutricional no futuro;
Contraindicações
Apesar de todos os benefícios que oferece, há casos em que os lácteos precisam ser restringidos ou mesmo eliminados da dieta.
Geralmente, essas situações envolvem a intolerância à lactose e a alergia à proteína.
A primeira é causada pela deficiência da lactase, uma enzima digestiva, produzida no intestino delgado, responsável por decompor e absorver a lactose, o “açúcar” presente no leite.
Quando a lactose não é digerida, ela sofre fermentação no intestino e pode causar sintomas como irritação intestinal, flatulência, distensão abdominal, cólicas e diarreia.
No Brasil, estima-se que cerca de 37 milhões de brasileiros, maiores de 15 anos, apresentem o problema, de acordo com dados do governo.
Já a alergia à proteína do leite de vaca (APLV) se desenvolve por herança genética ou após o desenvolvimento de determinadas patologias, como surtos de gastrenterocolite aguda (inflamação simultânea do estômago e dos intestinos delgado e grosso) ou deficiência transitória de imunoglobulina A, que são moléculas que funcionam como anticorpo.
O problema é comum em crianças, mas superado pela maioria ao atingir a idade de quatro anos. “Apesar disso, alergias persistentes podem ocorrer.
Os sintomas são parecidos com o da intolerância à lactose.
Tratamentos e substituições
O leite de vaca e seus derivados devem ser excluídos da dieta apenas quando for diagnosticada a alergia à proteína do leite.
Quanto à intolerância à lactose, as orientações variam conforme a gravidade do problema, que pode ser leve, moderada ou severa.
Nos casos em que houver necessidade de diminuir ou eliminar totalmente o consumo dos produtos lácteos, os especialistas recomendam buscar outras fontes de cálcio.
Espinafre, gergelim e peixe, por exemplo, também oferecem o mineral, embora em quantidades menores.
Em um copo de 240 ml, temos aproximadamente 300 mg de cálcio.
São poucos os alimentos que atingem esta quantidade .
Sucos, cereais e outros alimentos fortificados com cálcio e os suplementos são outras possibilidades de suprir a falta do nutriente.