Júlia : A Cúrcuma : Combate Doenças de pele e Inflamações :
Coloque o pó em um vidro e use ½ colher de chá por dia no preparo do arroz, na sopa,
no molho da salada ou polvilhe diretamente sobre a comida
O condimento, nativo da Índia, também é conhecido como açafrão da terra. Pertencente à mesma família do gengibre, é um dos principais componentes do curry em pó e utilizado em diferentes pratos.
O condimento é rico em curcuminoides, que são bioflavonoides, substâncias anti-inflamatórias. Ele é indicado, principalmente, para pacientes com câncer e doenças dermatológicas. “Temperos como a pimenta e o alho possuem outros tipos de bioflavonoides que também ajudam a evitar inflamações”, diz.
Outro benefício dos curcuminoides, pigmentos que dão a cor amarelada ao produto, é que eles modulam a produção de substâncias pró-inflamatórias. Isso é bom porque essas substâncias pró-inflamação ficam mais limitadas, não aumentam livremente. Entre suas vantagens, estão a proteção do fígado, a ajuda na digestão das proteínas e regulação do metabolismo. Além das receitas que incluem o ingrediente no preparo, outro ponto positivo é que a cúrcuma é facilmente encontrada em supermercados, como os outros temperos.
Além de anti-inflamatório e de sua ação antioxidante, este alimento funcional de sabor levemente apimentado melhora a imunidade, favorece a quebra de gordura e facilita a digestão. No Oriente, a cúrcuma é usada como remédio caseiro para inchaços e machucados e está presente na fabricação de bebidas, mostarda e molhos.
COMO CONSUMIR
Além de condimento, esta especiaria possui mais de 150 substâncias depurativas e antioxidantes, podendo ser consumida em pratos do dia a dia como arroz, feijão, batatas, frango, sopas e saladas. O consumo diário máximo deve ser de ½ colher de sopa por dia.
UM COMBATENTE DO CÂNCER
Um estudo do Centro de Pesquisa do Câncer de Cork, na Irlanda, comprovou que a curcumina, presente na cúrcuma, pode matar as células cancerígenas. Publicado no British Journal of Cancer, a pesquisa mostrou que o condimento foi capaz de destruir as células do câncer de garganta. Outras pesquisas também têm relacionado o potencial da curcumina para tratar a doença de Alzheimer e a fibrose cística, além de outros tipos de câncer. No M.D. Anderson Cancer Center, nos Estados Unidos, a curcumina inibiu proteínas associadas ao desenvolvimento de câncer de cólon, pele, mama e próstata. No Brasil, um estudo realizado pela bióloga Marcella Lemos Brettas Carneiro, na Universidade Federal de Goiás (UFG), mostrou que cerca de 90% das células de melanoma - o tipo mais grave de câncer de pele - morreram ao receber altas concentrações da substância.